quarta-feira, 26 de novembro de 2008

roots, bloody roots

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Há pessoas que entram nas nossas vidas única e exclusivamente para nos fazer sofrer. A Primavera é altura de novos começos, flores (rosas vermelhas, com alguma sorte) e muita esperança. Talvez por isso eu tenha ignorado o meu instinto, que me gritava aos ouvidos "estás a fazer asneira" na noite em que fui lá ter.

Sinceramente não percebo. Não faz o menor sentido. Eu digo-o e as minhas amigas concordam. Não serve, não encaixa, é demasiado estreito para a amplitude que me caracteriza. E ainda assim permanece.

Pergunto-me: o que será preciso para me curar?

E noutras alturas pergunto-me: por que raio? O que é que eu fiz para merecer isto? Eu até sou fixe! Tenho noção disso, modéstia à parte... Nunca fiz mal a ninguém... será que foi daquela bola saltitona que roubei na loja Sempre em Festa? Será que foi por ter traído o meu namorado aos 15 anos? Também posso não ter parado para alguma velha atravessar a rua um dia... não sei.

Ainda há pouco tempo eu dizia que as borboletas nas barrigas de uns são facadas nos estômagos de outros. Ora as asas das minhas borboletas são lâminas. Não aguento. Mas também não as consigo vomitar cá para fora, o processo parece-me sempre demasiado doloroso.

E assim vamos vivendo, à espera de uma cura que não chega. De alguém que me salve. Se fosse o tal no cavalo branco dava jeito. Estou farta de esperar. Ultimamente só me dá para ouvir David Fonseca, mas são os Cannibal Corpse que verdadeiramente me aliviam. Um regresso às origens far-me-ia bem. Origens: cheguem-se à frente, que eu cá estou cansada desses jogos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

untitled #8

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I c n 't e t

I c n 't s e e p

I c a 't w r k


O rei morreu. Viva o rei.

O príncipe, moribundo: "In my thoughts and in my dreams you are always on my mind."

Queria um sapo, se faz favor.




Ser um?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

young hearts: run free...

mesmo

Em dias de reVolução, apetece-me escrever sobre Julieta. Sobre como as borboletas nas barrigas de uns são facadas nos estômagos de outros, enquanto ainda outros assistem, impotentes. O Ca diz que a juventude de hoje é demasiado dramática... e de facto é. Vivemos amores e desamores como se de óperas se tratassem, histórias insignificantes assumem proporções avassaladoras, encontros fortuitos são contos de fadas. Porquê?

Por que razão encaramos com tanto receio o abandono? Ouvimos em pânico as histórias alheias, fazendo por acreditar que tal nunca nos vai acontecer, que a solidão nunca vai conseguir esticar os seus dedos magros até nós...

Na minha opinião, porque o Homem perdeu de tal forma a sua noção de ser social, parte de um todo (esse sim, importante) e está de tal forma centrado em si mesmo que... simplesmente baralhou tudo. Nunca estivemos tão perto dos nossos entes queridos, a toda a hora, e no entanto tão isolados. Cegos pela exigência de sermos aceites pelo que temos e não pelo que somos. Perdidos no meio de tanta tentativa de nos descobrirmos por via do que temos. De preencher o vazio de uma existência com a compra de mais um par de ténis.

Mais uma vez repito o que Alguém me ensinou. Se investíssemos mais na alma (leia-se intelecto) e menos na aparência éramos infinitamente mais felizes. Se não desprezássemos a velhice, se não venerássemos a juventude, as mamas grandes, os dentes brancos, os músculos perfeitos... éramos melhores!

Como é que nos deixámos cair nisto?

E eu que só queria falar da Julieta...