segunda-feira, 25 de maio de 2009

o poder corrompe?




A chegada de Obama à presidência dos EUA representa uma excelente oportunidade para comprovar uma tese que há muito defendo (eu e uma data de gente, diga-se, não me estou aqui a armar aos cucos).

Vem de uma família modesta. Admite ter consumido álcool, marijuana e coca durante a adolescência. É de origem muçulmana. Tornou-se ateu. Tem Hussein no nome. É negro.

A sua eleição demonstrou que o povo americano, afinal, tem sangue a correr nas veias e não outra coisa esquisita qualquer. Elegeu um homem, não um fantoche com uma mão (ou várias) enfiada pelo rabo acima.

Agora podemos observar o percurso de Obama como Presidente, estar atentos às suas medidas e perceber uma coisa. Será que este homem, cujo rosto é sinónimo da palavra HOPE, se mantém firme nas suas promessas? Ou vai sucumbir às pressões externas e tornar-se uma marioneta como os seus antecessores?

Lembro-me de o ver, há anos atrás (na Oprah), a dizer que fazia questão de viajar sempre em vôos comerciais, para nunca se esquecer de como era estar do lado do povo. Quero saber se o Air Force One não lhe sobe à cabeça. Como fã deste homem e da humanidade.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

why so angry? you're so lucky... lucky girl

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Hoje no autocarro entrou uma senhora gorda que parecia o Herman José vestido de senhora. Tal e qual. Usava demasiada roupa para o calor que estava e tinha uns óculos de lentes muito grossas que lhe faziam os olhos pequeninos.

Apesar dos dois ganchos, que lhe seguravam o cabelo à frente num apertado risco ao meio, tinha uma madeixa da franja colada à testa. Afastou-a com a mão sapuda, ao mesmo tempo que, sentada junto à janela, se embalava exageradamente ao sabor dos solavancos da estrada, numa espécie de dança grotesca.

Mais à frente, vi pelo caminho uma carruagem à antiga, daquelas com turistas. Era puxada por um cavalinho de pelo castanho e sedoso que trotava alegremente, as suas patas cobertas de pelo comprido, mais escuro.

Foi o que me valeu.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

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Hoje a caminho do emprego, reparei num homem sentado num alpendre. Estava de calculadora na mão, a olhar para os resultados, e dizia com ar incrédulo: «Não pode ser, está errado!».