segunda-feira, 5 de setembro de 2011

my only friend, the end (pt II)


Há momentos estúpidos na vida de uma pessoa. Por exemplo, estar no trabalho, a fazer força para nos concentrarmos e ignorarmos o monstro que grita cá dentro, e de repente surgir-nos uma imagem na cabeça: um pequeno filme.

Recebemos uma chamada - era ele. "Vem cá fora". Olhamos pela janela e vemos uma pequena confusão à entrada. Um cavalo branco, um ramo de flores, ele despojado de orgulho e carregadinho de reconhecimento; a Verdade inundou-o finalmente e agora sai-lhe por todos os poros.

Vejo os nossos amigos, os nossos familiares, os nossos colegas. E fica tudo bem, porque fica tudo provado ali, naquele momento. Não há dúvidas nem há argumentos. Nem tem de haver. Como uma tempestade que rebenta depois de um dia de calor infernal, não temos de pedir desculpa nem justificar nada a ninguém. Simplesmente somos, para sempre.

Há momentos mesmo muito estúpidos na vida de uma pessoa.

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