quinta-feira, 3 de novembro de 2011

sobre a essência

"Somos aquilo que fazemos" - sempre ouvi dizer. Mas será que isto não é simplificar um bocado a coisa? Quando nos perguntam quem somos, temos tendência a responder "sou polícia, tenho 39 anos, sou pai de 2 filhos"... ok, eu não responderei isto com certeza. Regra geral, somos um conjunto de estatutos que correspondem a um conjunto de papéis que temos de desempenhar. 

Mas o que restaria, se nos tirassem tudo isso? O que é que resta quando pomos de lado o trabalho, as qualificações, os gostos pessoais, os hobbies? O que é que fica para além do tempo, do país, da nacionalidade?

Quem somos nós?

4 comentários:

Aquele que faz cenas estupidas armado em romântico e depois não sabe em que buraco se me ter de tamanha vergonha... disse...

Somos

Aquele que faz cenas estupidas armado em romântico e depois não sabe em que buraco se me ter de tamanha vergonha... disse...

(agora o resto... carreguei no "enter" sem querer :$) Somos o que queremos ou sonhamos fazer. Como quando somos crianças, e dizemos: "Quando for grande, quero ser bombeiro!"...

chinfrim disse...

Portanto somos a nossa profissão?

Aquele... disse...

Não, não era isso que estava a tentar dizer.
Se eu te disser o que faço, a minha idade e o que gosto, achas que já me conheces? Que já sabes quem sou? Claro que isso faz uma grande parte do que sou. Porque é aquilo que se vê, aquilo que se pode descrever de tal modo que as outras pessoas percebam, aquilo que é observavel... Mas eu acho que há algo inerente ao nosso ser, algo que nasce connosco, que não depende daquilo que nos rodeia e que nos acontece, algo que custa explicar... ( Tinha varias vezes esta discução com a minha prof. de psicologia.... sou teimoso) Podes chamar-lhe alma se quiseres... Mas é uma parte importante de quem somos, que não se pode contar, só viver/experimentar... E acho que é daí que nascem os sonhos os desejos, a vontade... e é mais puro quando somos menos influênciados. Não sabemos bem porque nos identificamos com certas coisas que acabamos de conhecer, ou reagimos de certo modo, mas é o que sentimos. Entretanto começamos a racionalizar cada vez mais...